Reuters
Agência de pesquisas sobre câncer afirma que faltam “indícios conclusivos” de que a bebida cause a doença; no entanto, novo estudo aponta que líquidos quentes podem atingir o esôfago
Depois de alguns meses na “lista negra” do câncer, café é ‘inocentado’ por agência de pesquisa
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Novo parecer da Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (Iarc, na sigla em inglês) agora diz que não existem provas conclusivas de que beber café, em si, provoque câncer, revertendo análise anterior. No entanto, a organização da OMS para a doença, que havia classificado o café como “possivelmente carcinogênico”, vai alertar que bebidas “muito quentes” provavelmente podem estimular casos de câncer.
Nesta quarta-feira (15), a entidade informa que a análise mais recente “não encontrou indícios conclusivos de efeito carcinogênico” na ingestão de café e ressalta alguns estudos que mostram que, na verdade, a bebida pode diminuir o risco do desenvolvimento de determinados tipos da doença. Ao mesmo tempo, porém, diz que evidências científicas levam a crer que ingerir qualquer bebida muito quente – perto de 65° ou mais – incluindo café, água, chá ou outras bebidas provavelmente causa câncer de esôfago.
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Vários experimentos com ratos revelaram que esses líquidos “muito quentes” podem levar ao desenvolvimento de tumores. O câncer de esôfago é o oitavo tipo de câncer mais comum do mundo e uma das maiores causas de mortes resultantes dessa doença, tendo provocado cerca de 400 mil falecimentos em 2012.
Sediada na cidade francesa de Lyon, a Iarc rendeu manchetes em todo o mundo no ano passado ao afirmar que carne processada pode provocar câncer, obtendo suas conclusões depois de analisar mais de 1.000 estudos científicos em humanos e animais.
A agência havia rotulado o café como “possível carcinógeno” em sua categoria “2B”, ao lado de clorofórmio, chumbo e muitas outras substâncias. A Associação Nacional de Café dos Estados Unidos saudou a mudança na classificação da Iarc como uma “ótima notícia para os consumidores de café”.
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